Outras Localidades

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Cortiçadas de Lavre

Cortiçadas de Lavre tem bem patente na sua toponímia a importância do sobreiro, árvore de onde é extraída a cortiça, utilizada pelos primeiros moradores nas construções das suas casas. Esta matéria prima é abundante no território, sendo grande parte da freguesia dominada pelo montado de sobro.

A freguesia de Cortiçadas de Lavre viu o seu território integrado na União de Freguesias de Cortiçadas de Lavre e Lavre, pela reorganização administrativa de 2012/2013, pertence ao concelho de Montemor-o-Novo. Possui uma área de 100,19 km²  e população de 821 habitantes (2011).

Foros de Vale de Figueira

O topónimo da freguesia Foros de Vale de Figueira tem origem numa herdade e num ribeiro com a mesma designação, que remontam ao séc XVI. Ao longo do séc XX, os habitantes dos montes isolados mudaram-se para a aldeia, dando lugar a uma população mais numerosa.

Os Foros de Vale de Figueira  são hoje a freguesia do concelho de Montemor-o-Novo com maior número de unidades de agroturismo.

Cabrela

A vila de Cabrela tem o seu topónimo relacionado com a cabra selvagem, que terá habitado esta região em tempos antigos. O povoamento nesta localidade recua à pré-história e período romano. Chegou a ser das vilas mais populosas do Alentejo. Cabrela é uma freguesia do concelho de Montemor-o-Novo, possui 194,84 km² de área e 649 habitantes (2011).

Casa Branca

A localidade de Casa Branca, pertencente à Freguesia de Santiago do Escoural no concelho de Montemor-o-Novo, é uma antiga aldeia ferroviária, com ligação a Lisboa, Évora e Beja. A estação de Casa Branca , pertence à Linha do Alentejo, entre Vendas Novas-Beja e é um ponto de entroncamento com a Linha de Évora, inaugurada a 14 de Setembro de 1863. Em 2006 foi alvo de obras de modernização. Trata-se de uma linha regional com tráfego de passageiros e mercadorias e tem uma oferta regular de comboios. Casa Branca é hoje uma localidade com poucos moradores, mas o parque infantil e as suas casas alvas convidam o viajante a desfrutar da memória local, a embarcar ou chegar no comboio, ponto de ligação para outras paragens.

Torre da Gadanha

Segundo o historiador Jorge Fonseca, terá existido uma casa-torre senhorial nesta localidade, construída entre os sécs. XV e XVI. Comprova-o um registo de venda de uma propriedade que revela a proveniência do topónimo associado a uma herdade, situava-se aquela propriedade na herdade de Mourel, cujos limites eram definidos pelas herdades da Torre da Gadanha e da Água de Todo o Ano.

A localidade floresceu com a inauguração da Estação Ferroviária de Torre da Gadanha. A estação pertencia ao Ramal de Montemor-o-Novo, que esteve em funcionamento de 1909 a 1989, percorrendo 12 km com uma paragem no apeadeiro do Paião.

O percurso ferroviário foi recentemente transformado na Ecopista do Montado, que continua a ligar Torre da Gadanha a Montemor-o-Novo, agora numa ciclovia de 12 km que atravessa uma vasta zona de montado de sobro, onde ainda se podem encontrar alguns vestígios da antiga via ferroviária.

Santa Sofia

Santa Sofia é uma localidade entre Évora e Montemor-o-Novo. Situa-se muito próxima da Barragem dos Minutos, que pertence à bacia hidrográfica do Tejo e é abastecida pelas linhas de água do rio Almansor. Uma localidade que convida o viajante a conhecer a Igreja de Santa Sofia, do séc. XV, percorrendo a calma das suas ruas ladeadas de casario.

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Cortiçadas de Lavre – A oficina do mestre Gramicho (Cronicho)

Cortiçadas de Lavre – A oficina do mestre Gramicho (Cronicho)

O viajante chega a Cortiçadas de Lavre atravessando uma grande extensão de montado de sobro.

À semelhança da transformação do nome histórico da vila de Lavre em “Monte Lavre”, José Saramago refere esta localidade como “Cortiçadas de Monte Lavre”. Esta povoação é um dos últimos destinos das muitas mudanças do casal Mau-Tempo.

Quebraram-se seu tanto as zangas, amolecidas pelas gerais lágrimas derramadas, e a família abalou para uma povoação perto, Cortiçadas de Monte Lavre, quase à vista da casa paterna. Domingos Mau-Tempo, perdido de outros haveres que lhe permitissem trabalhar por sua conta, como gostava, houve de aceitar servir na oficina de mestre Gramicho, e Sara da Conceição trabalhava de ajuntadeira, a ombro cheio, para ajudar o marido e defender os filhos. E os fados? Começou Domingos Mau-Tempo a cair em tristeza, como um monstro desterrado, que é essa a maior de todas as tristezas, tal se vê na história da bela e a fera, e não tardou que dissesse para a mulher, Temos de abalar daqui para fora, que já não me encontro cá bem, ficas uns dias com os nossos filhos enquanto eu vou procurar trabalho noutra terra.

(Saramago, 2014, p. 43)

O mestre “Gramicho” tem como referência histórica o mestre Cornicho, mencionado na obra biográfica de João Serra.

“Mas em dúvidas com as palavras de meu pai lá seguimos, julgando-nos mais felizes, para a aldeia das Cortiçadas de Lavre, onde residimos algum tempo. O meu pai foi trabalhar para a oficina do mestre Cornicho e a minha mãe trabalhava a ombro cheio a juntar calçado (a coser) para ajudar meu pai na tarefa do seu lar.” (Serra, 2010, p.44)

Nesta localidade o viajante pode desfrutar do montado alentejano, “Originalmente classificado como um sistema agro-silvo-pastoril, e descrito como um sistema multifuncional onde se equilibram e conjugam as actividades agrícola, pecuária e florestal, devido ao decréscimo de importância das culturas sob-coberto o Montado tende actualmente a ser considerado como um sistema silvo-pastoril. As espécies florestais dominantes são o sobreiro (Quercus suber), a azinheira (Quercus rotundifolia) e os carvalhos cerquinho (Quercus faginea) e negral (Quercuspyrenaica).” (Pinto-Correia, 2013)  O  montado tem um papel  de extrema importância para a  conservação da biodiversidade e, também do ponto de vista económico, para o desenvolvimento territorial.

Cortiçadas de Lavre – A oficina do mestre Gramicho (Cronicho)

Cortiçadas de Lavre
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Foros de Vale de Figueira – Resistência e maltesaria: territórios de José Gato (José Rato)

Foros de Vale de Figueira – Resistência e maltesaria: territórios de José Gato (José Rato)

O viajante encontra Foros de Vale de Figueira numa vasta planície entre Montemor-o-Novo e Lavre, percorrida pela EN 114.

Devido à sua localização geográfica, entre as duas localidades com maior referência espacial em Levantado do Chão -Montemor-o-Novo e Lavre-, Foros de Vale de Figueira é mencionado duas vezes, enquanto, simplesmente, “Foros”.

A primeira vez  deve-se à viagem de autocarro de Lavre para Évora, em que os trabalhadores rurais são “forçados” a assistir ao comício anti-comunista de 1937, que podemos observar no Ponto de Interesse Interpretativo nº 12 do Roteiro.

São viagens. Nas curvas, mesmo não aventuradas em velocidade, a camioneta bandeia a um lado, e os homens têm de agarrar-se uns aos outros para não irem todos no empuxão, os pés atropelam-se, dá o vento nos chapéus e é preciso segurá-los para que não voem pela borda fora, Ó da máquina, vá mais devagar, compadre, que ainda cai alguém à água. Foi um mais gracioso que disse isto, é o que vale, não fosse assim, seria a vida uma grande tristeza. Pararam em Foros para meter mais gente […]

(Saramago, 2014, p. 98)

“Foros” surge novamente na obra por ocasião de outra viagem, desta feita de Lavre para o posto da GNR de Montemor-o-Novo, para onde foram transportados trabalhadores em greve. Neste episódio, o autor relembra o papel de “José Gato” na reposição da justiça social, através de um sonho desperto de João Mau-Tempo, que seguia na viagem junto dos restantes trabalhadores.

De um lado e do outro da estrada é o deserto, passados os Foros são tudo searas rasas, daqui a pouco nasce a lua, que é junho e vem cedo, e lá adiante há umas pedras grandes, que gigantes as teriam rolado, bom sítio para emboscada, imagine-se que estava lá o José Gato, mais os seus quadrilheiros, o Venta Rachada, o Parrilhas, o Ludgero, o Castelo, todos saltando à estrada num repente, têm prática, por trás do tronco atravessado no caminho, Alto aí, e a camioneta travada a fundo, raspando pelo macadame, com mil raios que se me vão os pneus, e depois, Quem se mexer leva tiro, cada um de espingarda alçada, e não estão a brincar, vê-se-lhes na cara, cá está a de cinco tiros que o José Gato tirou ao Marcelino […]

(Saramago. 2014, p. 159-0)

Foros de Vale de Figueira – Resistência e maltesaria: territórios de José Gato (José Rato)

R. Bento Gonçalves, Foros de Vale Figueira
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Cabrela – Resistência e maltesaria: territórios de José Gato (José Rato)

Cabrela – Resistência e maltesaria: territórios de José Gato (José Rato)

O viajante chega a Cabrela pela Estrada Nacional 4, tomando a Joaquim Pedro de Matos, à esquerda. A vila quinhentista começa por se avistar ainda longe, são pequenos pontos brancos que salpicam o verde ou o amarelo da paisagem, dependendo da estação do ano. Mais perto, o viajante depara-se com o casario, onde se destaca a Igreja  Matriz, um edifício religioso do séc. XVII.

Na obra Levantado do Chão não existe nenhuma alusão direta a Cabrela, porém, podemos colocar esta localidade no território de José Rato, ou “José Gato”. O encontro entre a quadrilha deste e os três trabalhadores rurais, entre eles “João Mau-Tempo”, para a compra de carne de porco, pode comprovar esta hipótese.

Para quem andasse nos ranchos ali por perto e tivesse atrevimento, o fornecedor de carne de porco era o José Gato. Uma vez apareceu-me o Venta Rachada no rancho onde eu andava, vinha clandestino, a saber se alguém queria carne. Quis eu, quiseram mais dois camaradas, e combinou-se que nos havíamos de encontrar num sítio que era a Silha dos Pinheiros. […] Quando foi deste caso, o talho do José Gato era na serra do Loureiro, em terras de Palma, há de ter ouvido falar.

(Saramago.2014, p.133-4)

Cabrela situa-se estrategicamente entre Lavre e a serra do Loureiro, e o percurso aqui mencionado permite deduzir que terá sido traçado por Cabrela. Enquanto hipótese, pode ser fundamentada por alguns aspectos históricos da vila de Cabrela, que se prendem, por um lado, pela longa tradição de lutas sociais, por outro, pelos actos de banditismo aí registados.

A primeira vez que “João Mau-Tempo” é levado pela guarda para o posto de Montemor-o-Novo, onde já se encontravam encarcerados vinte e dois trabalhadores que haviam promovido uma greve onde se exigiu melhor jorna, surgem referidos os homens de Cabrela.

Os homens reconhecem-se ou dão-se a conhecer, há gente do Escoural, da Torre da Gadanha, diz-se que os de Cabrela foram para Vendas Novas, mas não há certeza, e agora o que é que vão fazer de nós. Seja o que for, isto diz um do Escoural, os trinta e três escudos já não nos tiram, agora é aguentar.

(Saramago, 2014, p.133-4)

Como explica Teresa Fonseca (2013, pg. 2), a ligação ferroviária entre Cabrela e os centros industriais do Barreiro e Setúbal propiciou uma maior comunicação entre os trabalhadores, fomentando dinâmicas de luta no meio rural mais aproximadas com o meio urbano, como a reivindicação pela greve. Deste modo, em 1913 já se pode verificar a existência de uma Associação dos Trabalhadores Rurais de Cabrela, que promovia comícios e manifestações . Não obstante, o banditismo não cessou e, como verifica Teresa Fonseca (2013, pg. 12-3), registaram-se vários incidentes, por exemplo, no ano de 1917, era noticiado que “os agitadores de Cabrela” se haviam manifestado de forma mais violenta, tendo sido apreendidos machados entre os manifestantes. A proximidade entre a miséria vivida pelos trabalhadores rurais e a abundância latente nos “celeiros cheios” dos agrários pode ser apontada como a principal causa da grande revolta social.

Cabrela – Resistência e maltesaria: territórios de José Gato (José Rato)

R. Francisco António Correia Palhavã 4-24
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Casa Branca – Um terminal de resistência

Casa Branca – Um terminal de resistência

O viajante chega a Casa Branca pela mítica Estrada Nacional 2, vindo de Santiago do Escoural, fica apenas a 8 km de distância da Gruta do Escoural (pelas estrada N2 e M370, sentido Este) e do Centro Interpretativo da Gruta do Escoural (pela N2 a 5,3 Km, na direcção de Santiago do Escoural).

Casa Branca não tem referência na obra Levantado do Chão, porém, a sua importância no contexto histórico a que a obra se refere leva-nos a incluir este ponto no roteiro. Com efeito, apontamos aqui dois episódios que permitem justificar a importância desta localidade para as lutas sociais do concelho de Montemor-o-Novo.

O primeiro surge através do testemunho de António Gervásio sobre o nascimento do Partido Comunista no Concelho de Montemor-o-Novo, que revela que o partido, organizado, chegou a Montemor na década de 30, por volta dos anos 1935/37 via caminhos de ferro, Casa Branca. Também em 1937, dos oito trabalhadores do concelho presos pelo regime, destaca-se um de Casa Branca: José Corraleira, António Caldeirinha (Casa Branca), António Zorro, Francisco Zorro Gomes, José Caramelo, Vasco Fadista, Eziquiel Vidigal, Flamínio Soares. (Gervásio, 2013, pg. 5 e 7)

O segundo exemplo é nos dado por Joaquina de Jesus,  irmã de José Adelino dos Santos, vivia no Monte da Prata, perto do Escoural e estava a trabalhar no arroz, em Casa Branca, no dia 23 de junho de 1958, data em que o irmão foi assassinado numa manifestação em Montemor-o-Novo, momento relatado no Levantado do Chão. Na segunda feira seguinte foi presa pela GNR do Escoural para averiguações, passou quatro  noites no posto da GNR de Montemor-o-Novo, pretendiam saber quem tinha posto fogo à seara do Mourel e porque tinha ela gritado  e proferido insultos quando soube o sucedido ao seu irmão. Voltou a casa de comboio, para a estação de Casa Branca. (cf. Fonseca, 2007, pg.52)

Casa Branca – Um terminal de resistência

Santiago do Escoural
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Torre da Gadanha – A oficina do avô Mau-Tempo

Torre da Gadanha – A oficina do avô Mau-Tempo

O viajante chega à Torre da Gadanha pela Nacional 253, entre Montemor-o-Novo e São Cristóvão. Outrora muito movimentada devido à Estação Ferroviária ali situada, Torre da Gadanha é hoje uma localidade com poucos moradores. Na parte inicial da obra, o casal Mau-Tempo muda-se de São Cristóvão para Torre da Gadanha, pela circunstância do avô paterno ali habitar e praticar o ofício de marceneiro. A estadia foi curta, mas suficiente para que o avô presenciasse o nascimento do seu neto.

“Senhor sogro, de saúde estamos bem, sua filha e neto felizes, e outro para nascer, mas agora arranjei melhor vida em Torre da Gadanha, vive lá meu pai, que dará ajuda. E outra vez para o norte peregrinaram, mas à saída de São Cristóvão estava o senhorio à espera, Alto aí, Mau-Tempo, que me estás a dever da casa e do vinho que bebeste, e se não pagas, eu e os meus dois filhos que aqui vês te faremos pagar, ou perdes a vida.

Foi a viagem curta, e ainda bem, porque mal Sara da Conceição pôs o pé em casa, ali lhe nasceu o filho, que veio a ser Anselmo, não se sabe porquê. De berço foi esta criança bem servida porque o avô, o paterno, era carpinteiro de ofício e teve muito em gosto ir nascer-lhe ali o neto, quase porta com porta. Era mestre de obra rústica, sem oficial nem aprendiz, também sem mulher, e vivia entre barrotes e tábuas, perfumado de serradura, praticando um vocabulário particular de ripa, galeota e fasquia, de malhete e enxó. Homem grave e de pouco falar, não se perdia com o vinho e por isso olhava mal-encarado o filho que lhe desacreditava o nome. Não teve, consoante seria de esperar, sabidos os antecedentes de Domingos Mau-Tempo, muito vagar para ser avô.

(Saramago, 2014, p. 30-1)

Na obra biográfica de João Serra, o segundo filho do casal nasce em São Cristóvão, antes da mudança do casal para Torre da Gadanha. Chamava-se Mário Domingos Serra.

“[…] pouco tempo se tinha passado desde que dera à luz o seu segundo filho, nascido nesta localidade de São Cristóvão e que teve por nome Mário Domingos Serra. Foi mesmo na convalescença do parto que minha mãe suportara de meu irmão que o meu pai a espancava ferozmente como um selvagem. Pouco tempo passado, resolveu meu pai fazer a segunda travessia mais para o sul, para a Torre da Gadanha, uma pequena povoação a poucos quilómetros de Montemor.”

(Serra, 2010, p.34)

Torre da Gadanha – A oficina do avô Mau-Tempo

Estação Ferroviária de Torre da Gadanha
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Santa Sofia – A viagem a Évora

Santa Sofia – A viagem a Évora

O viajante alcança Santa Sofia seguindo a estrada Nacional 114, entre Montemor-o-Novo e Évora.  Para além da magnífica galeria de fauna e flora da ribeira de Santa Sofia poderá observar vários ninhos de cegonhas residentes nesta região.

Esta localidade é mencionada na obra de Saramago a propósito da viagem que leva os trabalhadores rurais de Lavre ao comício fascista de 1937, na Praça de Touros de Évora. Santa Sofia merece a visita do viajante.

Montemor à vista, não é tempo ainda de lá entrarmos, e Santa Sofia e São Matias, Aqui é que eu nunca vim, mas tenho cá família, um primo da minha cunhada, que é barbeiro, vai-se governando, estavam bem arranjados se não crescesse a barba aos homens, é como as putas, se a picha não crescesse. Quem assim fala, trá-la premeditada, um dia não são dias, desde a tropa que não tornei a ir às meninas, vai ser dar-lhe até fartar. São conversas de homens. A humanidade tem-se esforçado por melhorar a comunicação da espécie, no latifúndio já há camionetas, Évora está à vista […]

(Saramago, 2014, p. 99)

Santa Sofia – A viagem a Évora

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